Ronald Lage formador de atletas e cidadãos

O esporte é um meio que pode ajudar a modificar uma sociedade, se for bem investido. Através dele, surgiu grandes nomes que se transformaram em heróis nacionais como Robinho no futebol, Jade Barbosa na ginástica, Giba no volei, Leandrinho no Basquete, Claudinei Quirino no atletismo, entre outras personalidades de enorme reputação.

"Incentivo ao esporte brasileiro é o que falta pelas autoridades", "o trabalho é arduo e exige muito esforço, é esta a maneira que se faz esporte no país" discursos que parecem serem demagogos por esportistas e soarem falsos para quem os ouve. Geralmente, a fórmula é espelhada em ex-atletas afim de revelar novos talentos para o esporte.

Em Porto Velho isso não é diferente, Ronald Lage foi goleiro de grandes clubes do país como Cruzeiro, Paysandu, Fluminense e Atlético-PR. Hoje, além de ser comentarista esportivo, ele é treinador de futebol. O ex-boleiro encerrou suas atividades como profissional em Rondônia pelo CFA, trazendo consigo o título de Campeão Rondoniense em 2002, o único já conquistado por um time da capital.

Atualmente, Ronald comanda uma equipe de futebol na capital de Rondônia, com crianças e adolescentes. Revelar jogadores para ele é uma consequência do trabalho que ele realiza. O importante, segundo o ex-goleiro, é socializar os jovens. "O esporte é importante principalmente para fazer com que a criança e o adolescente eles entrem no meio do esporte para procurar se socializar", analisa o ex-goleiro.

Ronald ainda destaca a falta de apoio de alguns pais com a condição de seus filhos na prática esportiva "A dificuldade maior é da gente implantar um trabalho em que os pais possam trabalhar em conjunto e tirar os garotos da rua. O interesse é, primeiro, formar o garoto como um cidadão", avaliou o treinador.

Outra exigência de Ronald com seus comandados são o estudo e a disciplina de cada um, o acompanhamento escolar é fundamental para ele. Para os garotos da escolinha em que Ronald treina as maiores dificuldades enfrentadas são: a falta de patrocínio, a ajuda na adaptação de companheiros que desejam trilhar um novo caminho através do esporte e, principalmente, o transporte. Alguns atletas chegam a percorrer de ônibus até 200 km por dia para treinar.

Para Ronald, os frutos que ele agora colhe é em razão de um trabalho feito cuidadosamente de forma diferenciada. O treinador fala dessa importância que não só o futebol como outros esportes tem para transformar a sociedade. "É um trabalho que não é feito por qualquer um, tem que gostar", finaliza Lage.

Fonte: Marco Sales

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